roubado pela musa
o poeta deambula
por ruas desertas
entre nuvens discretas
o seu passo não deixa pegadas
seus versos..
presos em caixotes
e os caixotes arrumados
o seu silêncio calou-se
os mapas de novo em cima da mesa
novos rumos traçados
caminhante de mundos reinventados
já não sente este
como dele
em acto de fé
penetra noutro espaço
noutro tempo
que quer
venha a ser ele